sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Errou!

Todos que me acompanham em minhas tribunas, estão carecas de saber que eu sou são-paulino. Mas procuro observar o futebol com isenção, e tento, ainda que isso seja muito complicado, fazer minhas análises futebolísticas com o máximo de ponderação possível. Se é que a paixão pelo esporte bretão permite que um ser humano, seja ele um simples torcedor, ou até mesmo um jornalista esportivo, faça isso com competência.
Mas depois do "nariz de cera" explicativo ao post ( nariz de cera é um termo usado pelo jornalismo de antigamente para explicar, no primeiro parágrafo do texto, os objetivos do mesmo),  o assunto que me leva a escrever esse post é a postura de Muricy Ramalho, técnico são-paulino, como profissional de futebol, e suas relações com a imprensa,  e também com o time que comanda.
Ontem fiz uma postagem na linha do tempo do meu facebook, criticando o treinador são-paulino. Do qual, sou fã, principalmente por ser discípulo de Telê Santana. Mas mesmo com as conquistas obtidas por Muricy nos campeonatos por ele conquistados, ele não vem fazendo por merecer o cargo de técnico do São Paulo. Tendo em vista, principalmente o elenco que tem em mãos, e o pouco futebol apresentado por seu time, principalmente em jogos decisivos e nos clássicos contra os rivais. O São Paulo em jogos decisivos, tem "pipocado", e esse não é um acontecimento recente.
 
 
A minha ponderação no facebook se referiu, principalmente, ao comportamento de Muricy Ramalho com os colegas de imprensa. Afinal, ele maltrata os repórteres durante as entrevistas coletivas, enquanto os mesmos, assim como ele, estão ali para trabalhar. E ele, como o próprio costuma afirmar, "entende muito daquele jogo que acontece no gramado verde"; já os repórteres, como leigos que são, têm de perguntar, (ora bolas) e ele, se quiser, poderá responder.
Agora, qualificar as perguntas dos repórteres, isso não Sr. Muricy. Neste caso, caberia também uma réplica, sobre um assunto que os repórteres entendem muito bem: jornalismo. E talvez, o senhor, diante de sua sabedoria futebolística, não entenda. À propósito, o senhor sabe o que é uma pauta, um enfoque de matéria, uma fonte, um lead? Então, que vá estudar um pouquinho sobre jornalismo para opinar sobre o tema.  Ou em outras palavras, como se diz num antigo dito popular: "cada macaco no seu galho".
Esta manhã, ao ler alguns blogs sobre esporte na internet, me deparei com uma postagem muito interessante sobre a opinião do ex-jogador ( comandado por Muricy) e hoje comentarista da TV Globo, Caio Ribeiro, envolvendo o jogo entre Corinthians x São Paulo, na última quarta-feira, válido pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores.  Disse Caio Ribeiro:
" Mas aí existe erro de conceito com todo respeito que tenho ao Muricy. Se você bota o Maicon, que é lento e não tem como ponto forte marcação e sim qualidade com bola nos pés, para marcar Elias que é rápido e tem esse tipo de movimentação, então está casando errado. Quem tem de acompanhar é o Souza. Maicon pega o Jadson, que é pouco mais lento e vai ter menos dificuldade na marcação. Se tiver essa dobradinha Maicon e Elias, Elias sempre vai levar melhor'', disse Caio ao comentar a escalação de Maicon para marcar Elias.
Minutos antes, ele já tinha cornetado Rafael Toloi. “Elias vem até atrás do Ralf e chega toda hora para fazer gol, é o que sabe fazer de melhor. Uma grande bobeada do Toloi'', falou Caio. 
Brilhante comentário do Caio Ribeiro, afinal, Elias marcou o gol corinthiano.
Diante de tal fato, eu ainda me pergunto se as "patadas" de Muricy Ramalho nos jornalistas esportivas são justificáveis? Afinal, todos os repórteres estão ali para trabalhar, assim como Muricy tanto gosta de dizer que "aqui é trabalho, meu filho", os membros da imprensa, profissionais, assim como ele, merecem ser respeitados. Está na hora de Muricy, por mais vencedor e competente que seja, reconhecer seus erros, como profissional dentro do campo, e principalmente fora dele, no tratamento que o mesmo dispensa aos repórteres.  Mais dia, menos dia, a continuar dessa forma, Muricy poderá tomar uma resposta atravessada, que o fará "perder ainda mais o rumo". Se é que ele já não esteja perdido. Pelo menos em suas convicções sobre o futebol. Ele está errando, dentro de campo, no comando do time, mas principalmente fora dele, no trato com os repórteres.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Juvenal, o animal!

Assim como a torcida do Palmeiras bradava nos anos 90 - " Au au au Edmundo é o Animal", não poderia me furtar dessa oportunidade de homenagear o ex-presidente do São Paulo F.C, Juvenal Juvêncio. Afinal, a negociação que ele fez com o Corinthians trocando o meio campista Jádson, pelo atacante Alexandre Pato, não me dá outra alternativa.
Ironias à parte, evidentemente, eu não consigo entender como uma negociação pode ter sido tão malfeita. E justamente agora que, Corinthians e São Paulo farão dois jogos históricos pela Taça Libertadores da América, e que Jádson, hoje vestindo a camisa do Corinthians, poderá enfrentar seu ex-clube, e o mesmo não ocorrerá com Jádson. Afinal, a proibição de enfrentar o rival, só valeria pelo primeiro ano de contrato.
 
 
É verdade que existe o fato de que o salário de Alexandre Pato é bancado em 50% pelo Corinthians e que o time de Parque São Jorge, assumiu o ônus dos vencimentos de Jádson, com o São Paulo economizando uma grana preta, e ainda poder contar com Pato para enfrentar outros adversários. Mas, depois de recuperar o jogador,  que vinha em má-fase no Corinthians, depois de um pênalti batido de forma displicente na Copa do Brasil, num jogo contra o Grêmio, causando a eliminação corinthiana da competição, Pato reencontrou o seu melhor futebol vestindo a camisa tricolor. E justamente agora num jogo importante e histórico, por força contratual, não poderá jogar. A não ser que o São Paulo se disponibilize a pagar R$ 1 milhão para tê-lo em campo.
Até aí tudo bem, afinal o São Paulo poderia abrir o cofre e escalar o jogador na quarta-feira. Mas, também por força de contrato, se fizer isso poderá ter de devolver o jogador ao Corinthians, sendo que Jádson já tem todos os seus direitos federativos pertencentes ao clube do Parque São Jorge. É por essas e outras que, diante de uma negociação como essa, o ex-presidente Juvenal Juvêncio não merece outro adjetivo que não esse. Ele é realmente, um animal!