terça-feira, 3 de março de 2015

Saudades do Galinho

Ele pode não ter conquistado nenhum título com a camisa da Seleção Brasileira, e como imortalizou o mestre Armando Nogueira,(aliás, um dos mais brilhantes jornalistas deste país) que dizia: "Zico não ganhou nenhuma Copa, então, azar da Copa". E que azar! Eu, que comecei a assistir futebol em 1982, já o vi em VT, campeão mundial de clubes, seis meses antes daquela Copa da Espanha, quando o Flamengo venceu o Liverpool, em Tóquio no Japão.
Mas não foi somente isso. Zico foi jogar na Udinese, da Itália, depois voltou para a Gávea, ajudar o Flamengo a conquistar outros títulos, entre eles o Brasileirão, ou como insistem alguns, a Copa União de 1987. Depois foi "ensinar" os japoneses a jogar bola, envergando a camisa do Kashima Antlers.  Ainda jogou na saudosa seleção de "Masters", aquela idealizada pelo Luciano do Valle, e deu oportunidade àqueles mais jovens, acompanhar um pouco de sua arte.   E hoje, 3 de março, comemora 62 anos de vida.  Para comprovar sua genialidade, basta ir ao Wikipédia, e descobrir os títulos do Galinho de Quintino. Seu futebol foi reconhecido dentro e fora do Brasil.
 
 
Muitos também  o consideram o melhor jogador de futebol dos anos 1980, sendo chamado freqüentemente no exterior de "Pelé Branco". É o maior artilheiro da história do estádio do Maracanã, com 333 gols em 435 partidas. Marcou 135 gols em campeonatos brasileiros. Foi eleito como o terceiro maior futebolista brasileiro do século XX, o sétimo maior da América do Sul e o décimo quarto entre todos do Mundo, segundo a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS). É um dos quatro brasileiros a figurar no Hall da fama da FIFA (os outros são Pelé, Garrincha e Didi). Foi eleito pela própria Federação Internacional de Futebol (FIFA), o oitavo maior jogador do século, o nono maior jogador do século XX pela revista France Football, o nono Brasileiro do Século no esporte, segundo pesquisa realizada pela revista IstoÉ, e o décimo maior jogador de todos os tempos pela revista inglesa World Soccer.Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres
E assim como o cantor  Moraes Moreira o homenageou, eu nestas linhas deixo minha homenagem e minha reverência, a Arthur Antunes Coimbra, Zico, o Galinho de Quintino.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Errou!

Todos que me acompanham em minhas tribunas, estão carecas de saber que eu sou são-paulino. Mas procuro observar o futebol com isenção, e tento, ainda que isso seja muito complicado, fazer minhas análises futebolísticas com o máximo de ponderação possível. Se é que a paixão pelo esporte bretão permite que um ser humano, seja ele um simples torcedor, ou até mesmo um jornalista esportivo, faça isso com competência.
Mas depois do "nariz de cera" explicativo ao post ( nariz de cera é um termo usado pelo jornalismo de antigamente para explicar, no primeiro parágrafo do texto, os objetivos do mesmo),  o assunto que me leva a escrever esse post é a postura de Muricy Ramalho, técnico são-paulino, como profissional de futebol, e suas relações com a imprensa,  e também com o time que comanda.
Ontem fiz uma postagem na linha do tempo do meu facebook, criticando o treinador são-paulino. Do qual, sou fã, principalmente por ser discípulo de Telê Santana. Mas mesmo com as conquistas obtidas por Muricy nos campeonatos por ele conquistados, ele não vem fazendo por merecer o cargo de técnico do São Paulo. Tendo em vista, principalmente o elenco que tem em mãos, e o pouco futebol apresentado por seu time, principalmente em jogos decisivos e nos clássicos contra os rivais. O São Paulo em jogos decisivos, tem "pipocado", e esse não é um acontecimento recente.
 
 
A minha ponderação no facebook se referiu, principalmente, ao comportamento de Muricy Ramalho com os colegas de imprensa. Afinal, ele maltrata os repórteres durante as entrevistas coletivas, enquanto os mesmos, assim como ele, estão ali para trabalhar. E ele, como o próprio costuma afirmar, "entende muito daquele jogo que acontece no gramado verde"; já os repórteres, como leigos que são, têm de perguntar, (ora bolas) e ele, se quiser, poderá responder.
Agora, qualificar as perguntas dos repórteres, isso não Sr. Muricy. Neste caso, caberia também uma réplica, sobre um assunto que os repórteres entendem muito bem: jornalismo. E talvez, o senhor, diante de sua sabedoria futebolística, não entenda. À propósito, o senhor sabe o que é uma pauta, um enfoque de matéria, uma fonte, um lead? Então, que vá estudar um pouquinho sobre jornalismo para opinar sobre o tema.  Ou em outras palavras, como se diz num antigo dito popular: "cada macaco no seu galho".
Esta manhã, ao ler alguns blogs sobre esporte na internet, me deparei com uma postagem muito interessante sobre a opinião do ex-jogador ( comandado por Muricy) e hoje comentarista da TV Globo, Caio Ribeiro, envolvendo o jogo entre Corinthians x São Paulo, na última quarta-feira, válido pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores.  Disse Caio Ribeiro:
" Mas aí existe erro de conceito com todo respeito que tenho ao Muricy. Se você bota o Maicon, que é lento e não tem como ponto forte marcação e sim qualidade com bola nos pés, para marcar Elias que é rápido e tem esse tipo de movimentação, então está casando errado. Quem tem de acompanhar é o Souza. Maicon pega o Jadson, que é pouco mais lento e vai ter menos dificuldade na marcação. Se tiver essa dobradinha Maicon e Elias, Elias sempre vai levar melhor'', disse Caio ao comentar a escalação de Maicon para marcar Elias.
Minutos antes, ele já tinha cornetado Rafael Toloi. “Elias vem até atrás do Ralf e chega toda hora para fazer gol, é o que sabe fazer de melhor. Uma grande bobeada do Toloi'', falou Caio. 
Brilhante comentário do Caio Ribeiro, afinal, Elias marcou o gol corinthiano.
Diante de tal fato, eu ainda me pergunto se as "patadas" de Muricy Ramalho nos jornalistas esportivas são justificáveis? Afinal, todos os repórteres estão ali para trabalhar, assim como Muricy tanto gosta de dizer que "aqui é trabalho, meu filho", os membros da imprensa, profissionais, assim como ele, merecem ser respeitados. Está na hora de Muricy, por mais vencedor e competente que seja, reconhecer seus erros, como profissional dentro do campo, e principalmente fora dele, no tratamento que o mesmo dispensa aos repórteres.  Mais dia, menos dia, a continuar dessa forma, Muricy poderá tomar uma resposta atravessada, que o fará "perder ainda mais o rumo". Se é que ele já não esteja perdido. Pelo menos em suas convicções sobre o futebol. Ele está errando, dentro de campo, no comando do time, mas principalmente fora dele, no trato com os repórteres.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Juvenal, o animal!

Assim como a torcida do Palmeiras bradava nos anos 90 - " Au au au Edmundo é o Animal", não poderia me furtar dessa oportunidade de homenagear o ex-presidente do São Paulo F.C, Juvenal Juvêncio. Afinal, a negociação que ele fez com o Corinthians trocando o meio campista Jádson, pelo atacante Alexandre Pato, não me dá outra alternativa.
Ironias à parte, evidentemente, eu não consigo entender como uma negociação pode ter sido tão malfeita. E justamente agora que, Corinthians e São Paulo farão dois jogos históricos pela Taça Libertadores da América, e que Jádson, hoje vestindo a camisa do Corinthians, poderá enfrentar seu ex-clube, e o mesmo não ocorrerá com Jádson. Afinal, a proibição de enfrentar o rival, só valeria pelo primeiro ano de contrato.
 
 
É verdade que existe o fato de que o salário de Alexandre Pato é bancado em 50% pelo Corinthians e que o time de Parque São Jorge, assumiu o ônus dos vencimentos de Jádson, com o São Paulo economizando uma grana preta, e ainda poder contar com Pato para enfrentar outros adversários. Mas, depois de recuperar o jogador,  que vinha em má-fase no Corinthians, depois de um pênalti batido de forma displicente na Copa do Brasil, num jogo contra o Grêmio, causando a eliminação corinthiana da competição, Pato reencontrou o seu melhor futebol vestindo a camisa tricolor. E justamente agora num jogo importante e histórico, por força contratual, não poderá jogar. A não ser que o São Paulo se disponibilize a pagar R$ 1 milhão para tê-lo em campo.
Até aí tudo bem, afinal o São Paulo poderia abrir o cofre e escalar o jogador na quarta-feira. Mas, também por força de contrato, se fizer isso poderá ter de devolver o jogador ao Corinthians, sendo que Jádson já tem todos os seus direitos federativos pertencentes ao clube do Parque São Jorge. É por essas e outras que, diante de uma negociação como essa, o ex-presidente Juvenal Juvêncio não merece outro adjetivo que não esse. Ele é realmente, um animal!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Regredindo

Sinceramente, assim que o advogado Carlos Miguel Aidar assumiu a presidência do São Paulo, eu como jornalista esportivo, e, principalmente, como são-paulino assumido, fiquei otimista. Principalmente por ser um crítico ferrenho a seu antecessor, o presidente Juvenal Juvêncio, e pelo fato de Aidar ser mais jovem. Nada contra àqueles que têm mais idade, mas o São Paulo precisava de uma "oxigenada" em seu comando político.
Confesso que me decepcionei. Aidar não é mais o ágil presidente dos anos 80. Criador do clube dos 13, da Copa União, e do futebol organizado daquela época. Está certo que eram outros tempos, outra economia e outro futebol. Mas parece que Aidar, de moderno dirigente dos anos 80, estagnou, ou melhor não evoluiu com o passar dos anos. De referência e modelo de gestão há 30 anos, mostrou a velha política dos cartolas totalmente diferente da postura que assumira nos anos 80.  Triste.
 
 
Começou com o episódio Alan Kardec e o presidente do  Palmeiras, Paulo Nobre. Depois a contratação, e o afastamento ( depois do estrago já feito) da ex-namorada do quadro de funcionários do Tricolor, o episódio da camisa comemorativa de Rogério Ceni, o afastamento de Juvenal Juvêncio ( que poderia ter acontecido de forma diferente), e agora, a questão com as empresas que fazem o credenciamento dos torcedores nas bilheterias do Morumbi.  Muita coisa polêmica em tão pouco tempo de mandato.
Teria Carlos Miguel Aidar regredido ao longo do tempo? Ou será que se transformou num dirigente-cartola clichê como todos os outros.?Quem sofre com isso é a apaixonada torcida tricolor! Triste

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Pastor Esportivo

Eu não gostei da troca no Ministério do Esporte. Saiu Aldo Rebelo(PCdoB SP) e entrou George Hilton(PRB MG). Na verdade, até agora eu não entendi o porquê desta mudança. Afinal, se a presidente é a mesma, o partido que está no poder é o mesmo, além da base aliada que apóia i governo também não ter sofrido alterações, o espírito de porco aqui questiona: Para que tirar Aldo Rebelo? Ele já tem experiência na realização de um Mega-Evento como a Copa do Mundo deste ano. E sua conduta na pasta poderia trazer know how na organização da Olimpíada que será realizada em 2016, na cidade do Rio de Janeiro.
Hilton (PRB MG) é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus
O mais curioso é que Aldo Rebelo continuará atuando como ministro. Ele foi deslocado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. O novo ministro do esporte, George Hilton é radialista, apresentador de televisão, teólogo e animador. Além de ser ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. Tudo a ver com o esporte, não acham?  Mas peço-lhes que me perdoem o trocadilho, mas a mudança não deixou esse jornalista muito animado. É notório a lambança que políticos fazem em busca de seus conchavos e interesses pessoais. Afinal, até agora eu não entendi, e por mais que tentem me explicar, não entenderei a troca de cadeiras no Ministério do Esporte.

sábado, 20 de dezembro de 2014

A la Madrid!

Deu a lógica, assim como na Copa do Mundo, os europeus venceram os sul-americanos, agora no Mundial Interclubes disputado no Marrocos. Os argentinos do San Lorenzo, embora finalistas, não partiram para o jogo diante do Real Madrid. Parece, claramente, que jogavam com medo de sofrer uma goleada histórica ( como o Santos contra o Barcelona em 2011). Assim a final disputada no Marrocos foi o jogo do futebol contra a catimba.
 
Real Madrid bate o San Lorenzo com facilidade e fatura o Mundial de Clubes da FIFA
 
No final do primeiro tempo, o alemão Kroos cobrou escanteio na cabeça de Sérgio Ramos, que abriu o marcador para os Madrilenhos. No começo da segunda etapa, depois de um peru do goleiro Torrico, do San Lorenzo, o galês Bale, ampliou.
Como dizia o coronel Belarmino, personagem criado por Benedito Ruy Barbosa, interpretado por José Wilker na novela Renascer, o resultado foi " justo, muito justo, justíssimo". Na verdade, os dois times tem diferenças astronômicas na maneira de se jogar futebol. O jogo de hoje deixou isso ainda mais claro, do que vimos há seis meses, na última Copa do Mundo.  A torcida espanhola tem todos os motivos para comemorar, mas a impressão que eu tive, é que os europeus não estavam nem aí, para o título que tinham acabado de conquistar.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Discussão inútil

Quem diria Eu jamais pensei que estivesse vivo para presenciar algo como o que está acontecendo na política do São Paulo Futebol Clube. Troca de farpas entre dois membros que pertencem ao mesmo grupo político, ex-presidente Juvenal Juvêncio, e o atual Carlos Miguel Aidar.  Só que nesta semana, em que o clube completou 79 anos de história, o episódio envolvendo os dois cardeais do tricolor comprovaram que o clube está politicamente rachado.
Juvenal criticou Aidar, afirmando que ele tem poucos conselheiros dentro do clube que de fato o apóiam. Segundo o ex-presidente do clube, o atual conselho deliberativo do São Paulo não passa de uma "massa infame".
Aidar não deixou barato.  Ele disse que Juvenal não quer abrir mão do poder, e ironizou o ex-presidente dizendo que os conselheiros que estão aliados a Juvenal não cabem no banco da frente de uma perua Kombi. Além disso, questionou o balanço financeiro do clube na gestão de seu antecessor.
Ex e atual presidente do São Paulo F.C trocam farpas e o clube é o único prejudicado
 
Acho uma pena que esse tipo de coisa aconteça no São Paulo Futebol Clube. Quem diria que um clube organizado, que por muito tempo teve o orgulho de possuir o "maior estádio particular do mundo", campeão de diversos títulos nacionais e internacionais, passe por essa " lavagem de roupa suja" em prol de um único objetivo: poder. 
O São Paulo, outrora organizado e modelo de administração para os demais clubes brasileiros, não existe mais. De clube organizado e transparente do passado, passa agora por troca de farpas entre a cartolagem por causa de um único e exclusivo objetivo: poder.
Desse jeito bagunçado fora das 4 linhas, o torcedor são-paulino tem motivos para ficar preocupado. Tomara que essa briga não transforme as glórias do clube em coisa do passado. Discussão inútil e lamentável.