segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A dança das cadeiras, ou melhor, dos bancos de reservas

Felipão se mandou do Palmeiras na semana passada. O Palmeiras agiu rápido e contratou o treinador Gilson Kleina, que fez um bom trabalho em Campinas com a Ponte Preta.  Antes do clube campineiro, Kleina já tinha trabalhado no Fluminense. E recusou o tricolor carioca quando Muricy Ramalho saiu de lá, permanecendo na Macaca Campineira. Mas aceitou trabalhar no Palmeiras, numa situação complicada no Brasileirão. Afinal, mesmo com a vitória desse final de semana, o Verdão ainda está na zona de rebaixamento.
Complicado isso não é? Será que os leitores compreenderam? E eu fico pensando nessa dança dos treinadores no Brasileirão.  A questão não é só na demissão e na contratação de treinadores, que é muito intensa, ainda mais numa profissão como essa. Situação bem curiosa, afinal os treinadores passam de heróis a vilão num piscar de olhos. Luis Felipe Scolari venceu a Copa do Brasil e saiu do Palmeiras menos de dois meses após a conquista



E eles reclamam, da falta de tempo para treinamentos, do calendário e do número excessivo de jogos, do estresse que é ser xingado e achincalhado pelos torcedores. Entretanto, os mais famosos ainda recebem por seus contratos, interrompidos unilateralmente pelos clubes, mas bem elaborados nos casos de demissões. As multas contratuais são altas, e alguns deles ficam meses, ganhando dos clubes, sem trabalhar.
É claro que a posição do treinador é de extrema responsabilidade; e em caso de insucesso, é a cabeça do técnico que é cortada em caráter prioritário.  O time perde; e a culpa, em regra, é sempre do técnico. Entretanto, o futebol é um esporte coletivo, no qual onze atletas estão dentro do campo de jogo, disputando contra outros onze atletas. E por maior que seja a competição, o nível de organização, os patrocínios e o dinheiro, o futebol é um esporte, e no esporte nem sempre é possível vencer.
Logo, os times são preparados num nível de profissionalismo muito grande. Entretanto, não observo atitudes profissionais dos clubes para com seus treinadores, profissionais que são, ao contratar e demitir seus diretores técnicos. Seria sensacional se a CBF criasse uma lei, semelhante à existente para os atletas, ou seja, se um treinador trabalhasse num time por um numero de x rodadas não poderiam transferir-se para outro clube.  Não sei se isso resolveria a situação, mas que a dança dos bancos terminaria, isso eu tenho toda certeza.


sábado, 22 de setembro de 2012

Palmeiras vence o Figueirense e respira

Figueirense e Palmeiras jogaram nesse sábado pelo Campeonato Brasileiro.  O técnico Gilson Kleina estreou bem no comando técnico do time paulista; e venceu a partida fora de casa, no estádio Orlando Scarpelli por 3 a 1. As duas equipes foram escaladas no esquema 4 4 2 , com três volantes e apenas um homem na criação do meio de campo. Em 26 partidas disputadas nesse Brasileirão, o Palmeiras venceu somente 4 vezes.
Mas a estréia do novo treinador parece ter modificado o astral do time palmeirense. Vontade não faltou aos jogadores. Tanta vontade que Valdívia tomou o cartão amarelo aos  4 minutos do primeiro tempo. Aos 8 minutos, Thiago Heleno marcou de cabeça, após cobrança de falta feita por Marcos Assunção, e de uma baita colaboração do goleiro catarinense Wilson, que falhou no lance.
Aos 9 minutos, o Palmeiras parecia que golearia o Figueirense. Após nova cobrança de falta feita por Assunção, o zagueiro Henrique completou para o gol. O mesmo Marcos Assunção ampliaria o placar para o Verdão aos 21 do primeiro tempo, cobrando falta com perfeição. Entretanto, o gol foi anulado pelo juiz pois o meia Valdívia, em posição de impedimento atrapalhou o goleiro Wilson. O meia palmeirense foi substituído por Thiago Real  no início da segunda etapa.








Aos 20 minutos do segundo tempo, após um jogo extremamente truncado, em que o Palmeiras acuava o Figueirense na defesa,  o clube de Floripa marcou com Aloisio, após rebote do goleiro Bruno.Três minutos depois do gol, o resultado da pressão do Figueirense não surtiu efeito. No contra-ataque, após bom cruzamento de Barcos, e nova falha do goleiro Wilson, Marcos Assunção aproveitou o rebote e ampliou para o Verdão.
Será que essa boa vitória sobre o Figueirense fora de casa será o renascimento do time do Palmeiras?  Ainda restam 36 pontos em disputa, 12 rodadas, e sem dúvida alguma, tempo suficiente para que o técnico Gilson Kleina acerte a equipe do Palmeiras,e consiga afastar definitivamente o fantasma do rebaixamento do Palestra Itália.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Acabou a novela

Depois de mais de 32 dias de negociação envolvendo o Santos, o São Paulo, o Grêmio e o Grupo DIS,finalmente terminou a novela. A contratação do meia  Paulo Henrique Ganso, pelo São Paulo terminou como o jogador queria. Ele vai defender o Tricolor do Morumbi. Os empresários do atleta, os dirigentes do Santos e do São Paulo chegaram a um acordo.
Ganso foi adquirido por R$ 23,9 milhões com um contrato de cinco anos.Ele vestirá a camisa 8, e deve ficar à disposição do técnico Nei Franco para a sequencia do campeonato Brasileiro. O ex-jogador do Santos deve estrear pelo tricolor dentro de 15 dias. O atleta deixou uma mensagem gravada aos torcedores no site oficial do São Paulo em um vídeo no youtube

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O que realmente acontece com o Palmeiras?

Dois meses e dois dias após conquistar a Copa do Brasil e a vaga à Libertadores da América em 2013, Luis Felipe Scolari deixou o comando técnico do Palmeiras.  Antes dele, Vanderlei Luxemburgo e Murici Ramalho também foram demitidos pelo clube de Palestra Itália. Três entre os cinco melhores treinadores do país passaram pelo Verdão nos últimos anos, sem sucesso. Então, concluo que deva haver algo de podre no Reino Palmeirense.
O time não tem um excelente elenco, mas possui bons jogadores, e está na zona de rebaixamento “respirando por aparelhos” no campeonato brasileiro. O pesadelo de dez anos atrás voltou a assombrar as alamedas do Parque Antarctica. O Palmeiras passou 17 anos, entre 1976 e 1993 sem conquistar títulos. Nos anos da vitoriosa parceria, em sistema de co-gestão com a Parmalat, o Palmeiras reforçou o elenco conquistando dois campeonatos brasileiros, uma copa do Brasil, três campeonatos paulistas, além da Taça Libertadores da América em 99.
Será que não aprendeu nada com o know how deixado pela Parmalat durante o período da co- gestão? Afinal, a Parmalat deixou o Palmeiras em 2002, e nesse mesmo ano, o clube verde sofreu o pior vexame de sua história sendo rebaixado para a série B. Dez anos depois, o rebaixamento volta a assombrar o Palmeiras. O São Paulo, embora não admita, também foi rebaixado para a série B do Paulistão em 90. Foi o estímulo para formar o time bi campeão da Libertadores e Mundial em 92 e 93. A mesma coisa ocorreu com o Corinthians, de rebaixado para a série B em 2007, para a conquista da Libertadores em 2012. Mas e o Palmeiras, o que aprendeu?
O que acontece realmente com o Palmeiras? Afinal, há menos de dois meses, o time venceu a Copa do Brasil com Luis Felipe Scolari. Então, Felipão não era culpado, mas pediu o boné e deixou o comando do time. Com toda certeza, há algo de muito estranho acontecendo pelos lados palmeirenses. Entretanto, antes de mesmo de contratar bons jogadores e um técnico competente, o Palmeiras, como grande clube que é, precisa aprender, e muito, com seus fracassos.

sábado, 8 de setembro de 2012

A mão que afaga é a mesma que apedreja

A seleção brasileira de futebol depois de muito tempo atuou no estádio do Morumbi. Mano Menezes pediu o apoio e o carinho do exigente torcedor paulistano. Entretanto, depois do jogo, recebeu mais bordoadas do que pandeiro em sábado de carnaval. Venceu a partida, mas não convenceu, nem cativou o torcedor que foi ao Morumbi. Não contou com o apoio do torcedor, e antes de ser lembrado para o cargo, tanto Muricy Ramalho, quanto Carlos Alberto Parreira declinaram do convite do presidente Ricardo Teixeira, logo após a eliminação na Copa do Mundo da África do Sul.

A mesma África do Sul, adversária da tarde do dia sete de setembro no Morumbi. O dia da independência em relação aos portugueses, o dia da pátria. Mas, definitivamente não foi o dia da pátria de chuteiras. Muito pelo contrário. Já li e ouvi muitas coisas a respeito do jogo. Mas o fato é que o material humano que o treinador tem à disposição não é dos melhores. O calendário do futebol brasileiro também não ajuda. Nem Neymar, o maior jogador brasileiro da atualidade, é unanimidade. Romário e Ronaldo em outros tempos decidiam partidas para o Brasil, na Seleção isso ainda não ocorreu com o craque santista.

Mas voltemos ao treinador e seu estilo de jogo. Mano escalou a seleção no
4-3-3, à moda antiga. Entretanto, o time tinha dois volantes e apenas um meia criativo, Oscar. E para furar a retranca sul-africana era preciso criatividade.   O meio-de-campo é o cérebro de uma equipe de futebol, se ele não funciona,  a maionese azeda. Com três atacantes, não conseguiu fazer o mais importante: que seus homens de meio-campo criassem as jogadas para chegar ao gol. No segundo tempo, fez cinco substituições, mas somente uma delas deu resultado: Huck entrou no lugar de Leandro Damião e marcou o gol brasileiro.

Mesmo com a vitória magra por 1 a 0, o jogo não valeu o ingresso. A seleção brasileira saiu do Morumbi aos gritos de "Burro", "Adeus Mano" e "Neymar pipoqueiro". Mano pediu o apoio e o carinho do torcedor brasileiro. Mas sem bom futebol, não há carinho que se sustente. E como gosto de frases batidas, escrevo mais essa. “A mão que afaga é a mesma que apedreja"

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Resenha Cientifica

Estive por muito tempo sem contato com a escrita. Concluí a faculdade de Jornalismo em 1998, mais uma pós-graduação em Letras no ano de 2002, e por muitos anos afastado completamente deste exercício da escrita, que creio ser a única atividade que executo com razoável talento.
Isso posto, segue meu primeiro trabalho cientifico para o curso de pós graduação em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte. Uma resenha sobre um trecho da obra "O Jornalismo Esportivo e a técnica de reportagem, do autor Luciano Maluly. Valeu muito a pena para recordar conceitos já vistos por este que vos escreve.

Segue a Resenha:

Toda boa reportagem começa com uma boa pauta. A frase é lugar-comum na linguagem jornalística, porém trata-se de uma orientação indispensável para qualquer repórter. Como fazer uma boa reportagem, diferenciada das demais, se os assuntos que o jornalismo esportivo aborda são fatos previamente conhecidos? A pauta é a indicação ao repórter que a matéria ficará completa, para isso o mesmo deve munir-se de dados escolhidos previamente, determinados pelos acontecimentos.
O fato é algo previamente conhecido, tendo em vista que os eventos esportivos já têm suas datas de realização definidas (exemplo: a tabela de jogos de um campeonato). Então, o repórter depende do desenrolar dos acontecimentos para conseguir as informações em quantidade e qualidade. Antes da realização dos fatos, o repórter pode utilizar-se dos treinos e preparativos dos clubes para dar base à sua pauta.
Além dos treinamentos das equipes, informações históricas, dados estatísticos e bastidores de confrontos anteriores facilitam a produção textual, dando maior credibilidade à matéria. A pauta também pode sugerir ao repórter os entrevistados, pesquisas com o auxilio de páginas na internet, arquivos de jornais, revistas e televisão. Entretanto, o repórter tem por obrigação checar a veracidade e a confiabilidade de todas essas fontes de informação.
Produções artísticas e culturais relacionados ao tema da reportagem também auxiliam o repórter na elaboração da sua pauta.  Filmes, peças de teatro, músicas e livros referentes ao assunto abordado na matéria contém boas informações, além de servir como base para outras reportagens futuras.
Além disso, a escolha das personagens entrevistadas é outra etapa fundamental para a construção de uma boa pauta. Fontes envolvidas direta e indiretamente com o esporte como técnicos, preparadores físicos, médicos e psicólogos ajudam o repórter na produção do texto final. Um bom exemplo é a contusão do Zico em 1985, quando o jogador operou o joelho, foi convocado e preparado física, técnica e psicologicamente para participar da copa do mundo de 1986, no México. Logo, o fato de ter errado um pênalti durante o Mundial, pode ter sido conseqüência não somente técnica, mas principalmente psicológica pelo fato de ter operado o joelho pouco tempo antes da realização da Copa.
O repórter deve excluir o sensacionalismo de seu texto. Na pauta, deve conter informações referentes aos treinamentos e ao curto espaço de tempo para a pré- temporada.  Além disso, informações sobre treinamentos secretos, mas respeitando a posição dos clubes quanto à preparação em que não é permitida a presença dos jornalistas.
Outros aspectos que podem ser incluídos numa boa pauta referem-se à participação da arbitragem, o conhecimento aos regulamentos das competições, com participações de outros jornalistas especializados, ex-atletas e profissionais de outras áreas que podem servir aos repórteres como entrevistados.

 

                                             Conclusão

Uma reportagem bem feita é conseqüência de uma pauta bem elaborada.  Então para que o repórter tenha sucesso em sua matéria, é necessário que todos os dados importantes sobre o assunto estejam descritos na pauta. Informações históricas, estatísticas e de bastidores podem ajudar o jornalista na construção do texto. Além disso, é preciso também ter confiabilidade nas fontes de informação escolhidas, a fim de que a matéria tenha um bom grau de credibilidade por parte do leitor/expectador.                                     

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Atividade física x Educação e cultura

No último sábado, dia primeiro de setembro, além do aniversário do Corinthians, que comemorou 102 anos neste ano de 2012, que ficou marcado pela conquista histórica da Taça Libertadores da América, festejamos também um aniversário importante para o esporte nacional. O dia do profissional da Educação física. Uma figura das mais importantes, pois a prática esportiva inicia-se na escola, e é sim antes de tudo, uma questão de educação.
Entretanto, desde os meus tempos de aluno, nas escolas públicas do estado de São Paulo, nos sete anos em que cursei essa disciplina, ou seja, a educação física não era encarada com seriedade. Afinal, poucos foram os professores que trabalhavam os fundamentos dos esportes coletivos com bola. Os exercícios físicos e as corridas então eram atividades muito raras, para não dizer completamente ausentes.
Na coluna do dia 20 de agosto, ponderei questões relacionadas às políticas do esporte. Elas existem na teoria, mas não via enquanto aluno, e hoje como observador do esporte, também não noto sua presença na prática. Mencionei naquele texto que o investimento em esporte resultaria em economia nos gastos com a saúde pública, e por falar em saúde, é melhor nem comentar a situação da saúde no Brasil.
O slogan das transmissões dito pelos locutores Luiz Noriega e José Góes nos anos 80, na TV Cultura, não era respeitado pelos nossos governantes. “Esporte é Cultura”. Claro que o esporte é cultura, é educação. Mas infelizmente não observamos isso na prática. Os salários dos professores em geral, e, principalmente na educação básica são muito baixos.
Então, como cobrar resultados e encarar o esporte olímpico brasileiro como sendo de alto rendimento? Sinceramente, quando abnegados surgem com conquistas internacionais de peso, eles devem ser reverenciados, e muito, tanto pela torcida, quanto pela imprensa. Pois se dependermos do apoio financeiro, e principalmente governamental a esses esportes, chegaremos à conclusão de que o slogan “Esporte é cultura” são somente belas palavras de impacto.

sábado, 1 de setembro de 2012

Parabéns ao profissional de Educação física

Esqueci de mencionar na publicação anterior, que hoje, dia primeiro de setembro, comemoramos do dia do profissional de educação física. Na verdade, essa comemoração é surpresa para mim, tendo em vista que esses profissionais, antes de mais nada, são professores e como tal, pensei que seu dia fosse comemorado no dia 15 de outubro.
Aliás, os professores não são nada valorizados num país como o nosso. Eu, além de jornalista, tenho licenciatura em letras, já lecionei Língua Portuguesa em escolas públicas, e sei as dificuldades que esses profissionais enfrentam no seu cotidiano. Como diz o Bóris Casoy, a educação pública nesse país é uma vergonha. Infelizmente

Parabéns ao Corinthians

Dia Primeiro de Setembro. Hoje o Sport Club Corithians Paulista completa 102 anos de vida.
O time do Povo, em que sua torcida maloqueira e sofredora deve comemorar. Nesse ano, mais especificamente comemorar ainda mais, porque finalmente o Corinthians conseguiu conquistar o título que mais queria, ou seja, a Libertadores da América. Libertadores que seus rivais estaduais já possuiam. E rivalidade à parte, o título foi merecido.
Meu pai, corinthiano doente, sofreu muito em todos os jogos. Roia as unhas, acompanhava as partidas com emoção a cada gol marcado, com desespero a cada tento sofrido. Mas no final valeu a pena. O dia 04 de julho de 2012 é o dia em que se comemora a independência dos Estados Unidos da América do Norte, e o dia da independência corinthiana, o dia em que o Corinthians libertou-se de um fardo, ficará marcado para todo torcedor corithiano, como o dia em que se libertaram da chacota, da galhofa e de todo preconceito por ser o único grande de São Paulo, a não conquistar um título da Libertadores. Mas ele chegou, no 102 ano de sua história. Parabéns ao Corinthians. Feliz Anivrsário!