segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Enquanto isso no campo do Nacional...

Enquanto isso no campo do Nacional...
Final de semana, sábado, muito sol e calor na cidade de São Paulo. O jornalista que vos escreve com as pautas em dia, exceto a coluna desta semana, que escrevo no domingo, depois das eleições municipais na maior cidade da América. Mas no Toque de Segunda, sempre falamos de Esporte, certo? E pela primeira vez na vida, entrei no Estádio Nicolau Alayon, o campo do Nacional da Capital para assistir a um jogo... de rúgbi.
Gostei do que vi, logo na entrada, tudo organizado, mulheres, crianças, muitas de colo inclusive, tomavam lanche em frente à lanchonete que ficava ao lado da entrada do estádio. Uma paz incrível, sol, muito calor, gente bonita, tudo para um espetáculo grandioso, para que a Seleção Brasileira da modalidade jogasse contra o Paraguai.
Apreciei a paisagem, afinal, não entendo nada desse esporte. Mas vi jogadores muito fortes se amontoarem para conquistar território e espaço no campo de jogo. Avançando ao ataque. Até aí algo bem familiar com o que já estou acostumado há 30 anos, acompanhando o futebol. Na arquibancada, duas simpáticas moças tentaram me explicar em poucas palavras em que consistia o jogo.
Como eu sou meio lento, acho que elas se fizeram entender e vou tentar reproduzir a explicação.  O objetivo do jogo é colocar a bola no “in goal” adversário. O in goal é a área localizada imediatamente após a linha de fundo. É sempre necessário colocar a bola no chão, não serve apenas entrar com a bola na mão ou atira-la ao solo.
 O ato de derrubar o outro jogador chama-se placagem ou placar. Só é permitido derrubar o jogador que estiver na posse da bola. Constitui infração grave derrubar com as pernas ou passar rasteira a qualquer jogador, inclusive o que estiver com a bola.
São infrações: Passar a bola para frente, derrubar um jogador que não esteja em posse da bola, segurar a bola se o jogador em questão estiver deitado no chão, dentre outras.
Emocionante, fisicamente viril, e muito disputado. Mas a seleção do Paraguai, não foi páreo para o Brasil. O jogo terminou com uma “goleada” Brasileira. No final, os caras de amarelo venceram os de vermelho e branco por 35 a 22. Foi uma tarde interessante e diferente, para um amante da bola redonda, um jogo em que a bola... é oval.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O horóscopo da bola

Outubro é o décimo mês do ano, mas deveria ser o primeiro do futebol.  O sol para os nascidos nesse mês, principalmente para as pessoas que acreditam em astrologia, foi inspirado pelos deuses a gerar grandes craques da bola.  O Toque de Segunda desta semana lembra desses grandes craques. Só para citar alguns exemplos, confira a lista de boleiros nascidos no mês 10, o número da maestria no futebol mundial:
01/10/1966 – GEORGE WEAH – LIBERIA
02/10/1935 – OMAR SIVORI – ARGENTINA
03/10/1981 – ZLATAN IBRAHIMOVIC – SUÉCIA
05/10/1960 – CARECA – BRASIL
07/10/1934 – PAGÃO – BRASIL
08/10/1928 – DIDI -BRASIL
08/10/1968 – ZVONIMIR BOBAN – CROACIA
11/10/1937 – BOBBY CHARLTON – INGLATERRA
12/10/1922 – WALDEMAR FIUME – BRASIL
13/10/1931 – RAYMOND KOPA – FRANÇA
16/10/1953 – PAULO ROBERTO FALCÃO – BRASIL
18/10/1933 – GARRINCHA – BRASIL
20/10/1956 – DARIO PEREYRA – URUGUAI
21/10/1933 – GENTO – ESPANHA
22/10/1929 – LEV YASHIN – URSS
23/10/1940 – PELÉ – BRASIL
30/10/1960 – DIEGO MARADONA – ARGENTINA
31/10/1964 – MARCO VAN BASTEN – HOLANDA
31/10/1920 – FRITZ WALTER – ALEMANHA

 
Da lista acima, nada menos do que seis campeões do mundo por suas respectivas seleções. Segundo a astrologia, os nascidos no signo de libra estão sempre na busca constante de equilíbrio e harmonia. Os indivíduos nascidos sob este signo são pessoas sociáveis, animadas e encantadoras. Odeiam ver as suas opiniões contestadas e detestam ser criticadas. São considerados os mais sociáveis de todos os signos da Roda Astrológica. Idealistas por natureza, elegantes e charmosos, estes nativos têm muito bom gosto. Amantes da beleza, tanto na arte como na vida diária, sabem muito bem como usar a sua imagem.  Com tantas boas qualidades, os nativos de libra segundo a astrologia, são pessoas inseguras e indecisas. Só tomam uma decisão quando são forçados a tal. A discussão e a discórdia não fazem parte das suas vidas, evitam confrontos directos e comportamentos ofensivos. Situações de conflito provocam desconforto e insegurança nos nascidos em libra. Eles têm sentido de justiça e bom senso apurado, o que lhes confere a sensibilidade necessária para atender às carências dos que os rodeiam. São indivíduos alegres, que fazem amigos muito facilmente.
Mas o mês de outubro, entre os dias 23 a 31, têm craques nascidos do signo de escorpião no seu hall. Neste signo, podemos encontrar um criador de seu próprio destino. É também um signo transformador. Os nascidos em escorpião são pessoas envolvidas com suas emoções, geralmente são muito intensas e profundas.
Será que o horóscopo da bola realmente mostra todas as características desses artistas? Algumas sim, outras não, mas que os nascidos em outubro são todos craques, disso eu não tenho a menor dúvida.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Um time e uma cara

Finalmente! Está certo que os adversários não exigiram muito da equipe brasileira. Mas pela movimentação apresentada nos dois amistosos, creio que Mano Menezes achou o ponto certo da equipe. O Brasil goleou o Japão hoje pela manhã por 4 x 0 , e Kaká foi o grande destaque.

Creio que ainda falta um goleiro,(Cássio, do Corinthians é o meu favorito). Daniel Alves é o dono da lateral direita. No miolo da zaga; David Luiz e Dedé, ou mesmo o ex-corinthiano Leandro Castán, e na esquerda o experiente Marcelo.
No meio, Paulinho é  nome certo, o outro volante, pode ser mesmo Rômulo, com Kaká e Oscar na armação das jogadas. Na frente, Neymar ainda não tem o companheiro ideal, que poderia ser Pato, Huck, ou até mesmo, Robinho. Há muitos que apostam no experiente Fred, afinal,  o atacante do Fluminense já disputou uma Copa do Mundo. Se o calendário ajudasse, e os amistosos fossem mais proveitosos, o Brasil poderia avançar muito tática e tecnicamente, rumo à uma boa figura na Copa. Só nos resta esperar!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Então, vamos dar pancada?

Calma, não vou criticar os cartolas do futebol nesta semana!  Mas vocês já viram alguém escrever sobre aquilo que não entende? Então, é algo bem parecido como explicar o inexplicável. Escolhi falar de algo que nunca assisti, não tenho a mínima noção, não conheço as regras, nem sei o que é proibido ou permitido. Mas que movimenta muita grana, e virou mania, tanto na principal emissora de TV aberta do país, na TV por assinatura, bem como nas redes sociais, tudo em função do sucesso de atletas brasileiros que disputam essa competição.
Falo do UFC – Ultimate Fighting Championship, que aconteceu no Rio de Janeiro nesse final de semana. Os lutadores brasileiros saíram vencedores de seus combates. Entre os principais, Anderson Silva e Rodrigo Minotauro venceram respectivamente Stephan Bonnar e Dave Hernan nas duas principais lutas da noite do UFC Rio 3, disputadas na noite do último sábado na cidade  do Rio de Janeiro.                       
                                    
Eu sempre gostei do boxe, a nobre arte. Nos anos 80, além de acompanhar o, invencível à época, Mike Tyson em suas lutas defendendo o título mundial dos pesos pesados, acompanhava também outras categorias. E as disputas em que os pugilistas eram mais leves, sempre tinham mais emoção. Além de ser plasticamente mais bonitas. Se é que é possível ver algo de belo, um homem bater em outro.
Mas tudo dentro das regras. Sugar Ray Leonard e o seu golpe da manivela. Girava um braço e com o outro socava o adversário. Sem dó nem piedade. O boxeador panamenho Roberto “mano de piedra” Duran, também tinha estilo.  Os dois eram o sinônimo da “nobre arte”, que tanto os especialistas, quanto os praticantes chamavam o boxe.
Depois daqueles anos, parei de acompanhar, mesmo porque a TV aberta não transmitia boxe com muita freqüência. Agora, temos o MMA com brasileiros fazendo grande sucesso, e levando o nome do Brasil no ponto mais alto do pódio.  Sucesso e muito dinheiro estão envolvidos nesses eventos.  Além da vibração, pois Anderson Silva nocauteou nesse sábado o americano Stephan Bonnar, na sua terceira luta na nova categoria, a de meio-pesados.
Muita audiência, muita adrenalina e emoção, mas sinceramente prefiro bater nos cartolas, afinal de contas, eles bem que merecem.

sábado, 13 de outubro de 2012

Um título para a história

Foi  num 13 de outubro, como hoje. Mas isso foi há 35 anos. A torcida corintiana era tratada com desdém pelos rivais. O estádio no Morumbi,  naquela  noite, teve o público de 86.677 pagantes. A partida anterior disputada contra a mesma Ponte Preta, quatro dias antes, representou o público que seria o maior da história do Morumbi até os dias de hoje,  138.032 pagantes. Naquela segunda partida da final, a Ponte Preta venceu o Corinthians, por 2 a 1, com gols de Dicá e Rui Rei.

Mas naquele 13 de outubro, o derradeiro do Paulistão. Basílio, o" Pé de Anjo", fez com que o grito entalado por 23 anos na garganta dos torcedores, fosse finalmente libertado. O Corinthians não seria mais motivo de gozação por parte dos adversários. Sagrou -se campeão paulista. Com um gol mais do que chorado, marcado aos 37 minutos do segundo tempo E nos dias atuais, também já entrou para a história, ao conquistar em julho desse ano, a Taça Libertadores da América. Hoje, aproveito para relembrar o gol marcado por Basílio, naquela partida desempate, realmente extraordinária.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

E agora? Será que ainda dá?

Pois é, na noite de ontem, o Palmeiras foi novamente derrotado. Perdeu para o Coritiba por 1 a 0,  com seu melhor jogador, o meio-campista Marcos Assunção, sair contundido no final da partida. Como desgraça pouca é bobagem, o Palmeiras sofreu um gol, após cobrança de penalti do atacante Deivid, aos 43 minutos do segundo tempo. E mais: a equipe paranaense teve um gol anulado injustamente pelo árbitro. O desespero era visível no semblante dos torcedores no final do jogo na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara.  A situação do Palmeiras é desesperadora . A meu ver, bem pior daquela vivida pelo "Alvi Verde" há dez anos, no Brasileirão de 2002, quando o Palmeiras foi rebaixado à segunda divisão pela primeira vez. Primeira vez? Não, não estou cravando o Palmeiras na série B, em 2013, afinal de contas, matematicamente o Palmeiras ainda tem chances de se salvar.  Muito trabalho ainda a fazer para o treinador Gilson Kleina .



Mas para que isso ocorra de fato, o Palmeiras deverá totalizar 44 pontos (e esta não é uma consideração unanime, muitos falam em 45), fica a quase impossível tarefa de conquistar, nos 9 jogos que faltam, nada menos que 18 pontos.  Isto é uma média de 2 pontos por jogo.  Ora, para quem viajou, durante todo o campeonato, até hoje, à média de 0,896 pontos por jogo, isto parece realmente uma tarefa impossível.
O site Chances de Gol, que trabalha com matemática do futebol, fez um levantamento que mostra que o Palmeiras tem 86,4% de chances de disputar a série B no ano que vem.
Só que o futebol é apaixonante justamente por causa disso, e sinceramente após a disparada no Fluminense na ponta da tabela, creio que o cai-não-cai  palmeirense será a grande atração das rodadas finais do Brasileirão 2012.Para quem achava que o campeonato disputado em sistema de pontos corridos não era emocionante, creio que esse final de temporada vai ser de "roer as unhas", principalmente na metade inferior da tabela de classificação.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Importante é competir nos negócios

O importante é competir nos negócios
                                                                                                                                             Por:  Ivan Marconato
O ideal olímpico proposto por Pierre de Frédy (Paris, 1 de janeiro de 1863 — Genebra, 2 de setembro de 1937), mais conhecido pelo título nobre de" Barão de Coubertin", um pedagogo e historiador francês, tendo ficado para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna, foi o de confraternizar os povos e celebrar a paz entre os países. Confraternização mostrada no lema de que o importante é competir.
Entretanto, com o passar do tempo, os jogos olímpicos são vistos mais como um negócio, e passaram a ser regidos pelas mesmas regras usadas no mundo corporativo. Derrubando assim o pensamento de seu criador. “Existe uma concorrência desleal, da vitória a qualquer preço, a lei da vantagem competitiva, desleal por excelência, valores diretamente opostos aos olímpicos” afirma Kátia Rubio, Professora da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. É assim que os Jogos Olímpicos passaram a ser tratados depois que se percebeu que eles poderiam ser um grande negócio. E como a inteligência social é rara no mundo em que o dinheiro é o motor da existência, o abismo entre a celebração e o negócio olímpico fica mais profundo a cada quatro anos.
 fonte: www.usp.br
Kátia Rúbio é professora de Educação Física da USP
Juca Kfouri que é sociólogo e jornalista esportivo declarou à revista cientifica Coletiva, que o Brasil não está preparado para realizar as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Para ele, a razão é simples. “Só agora, passadas as Olimpíadas de Londres, o Ministério dos Esportes anunciou a intenção de dotar o país de uma política nacional de esportes, sem levar em conta que os investimentos num ciclo olímpico não podem se restringir aos quatro anos que antecedem a realização do evento”.


                                           Anéis olímpicos que representam a união dos cinco continentes
                                                                       Fonte: www.universitario.com.br


                                                                    Juca Kfouri Fonte: Guia do Estudante Editora Abril
Somente nos anos em que a Olimpíada é disputada, é que questões como o investimento no esporte é discutido em nosso país. Afinal, investir em esporte significa economizar em saúde. A cada R$ 1 investido em práticas esportivas, se economiza R$ 4 em recursos destinados à saúde.

Esporte é política de estado
 E nossa saúde pública não anda nada bem das pernas. Então, o princípio geral da política internacional do esporte deveria ser aplicado com seriedade na prática em terras nacionais: “É inegável que o esporte desempenha papel fundamental na formação pessoal e constitui tema importante dentro de uma política de Estado, muito em função do mega-eventos esportivos, capazes de trazer vários benefícios ao país anfitrião, bem como o bem estar da população em geral”
Em declaração a mesma publicação científica, Luiz Henrique de Toledo, antropólogo, professor e pesquisador da Universidade Federal de São Carlos. Sociólogo, mestre em ciências sociais e doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, afirmou que o termo Megaevento consiste numa renomeação isenta de símbolos, ou seja, tenta-se definir algo que ficou maior, mais complexo e mais universal. “Esse processo de renomeação dos certames internacionais historicamente conhecidos como Copa do Mundo em megaeventos esportivos diz algo mais para além da adequação aos novos tempos de modernização da indústria do entretenimento numa conjuntura mundializada” afirma o estudioso.

       Luiz Henrique de Toledo é um estudioso do futebol e sua relação com a sociologia. Foto: www.ludopedio.com.br
Nota-se pelo que é divulgado na grande imprensa que há um grande esforço e mobilização de recursos, aliado a uma noção que derruba o caos em que se consiste a política de montagens desses eventos. “Um megaevento como caos é uma possível definição antropológica que ofereço nesse momento”, afirma Toledo. E o que se lê, se vê e se escuta o tempo todo é que tudo pode dar errado, ou estaria no limite da viabilidade técnica e política, expondo o país à vergonha perante o resto do mundo.  Entretanto, o Brasil, sem contar com a alta lucratividade com a realização da Copa e da olimpíada, o tal legado tanto divulgado na mídia, já se garantiu junto à FIFA. Ou seja, o país não corre nenhum risco de perder o direito de sediar o evento, a dois anos de sua cerimônia de abertura.
Medo de corrupção
O temor popular é que a política de transparência com relação aos recursos utilizados para modernização do país, em termos de infra-estrutura, é pouco divulgada. Por isso, o governo apressou-se em resguardar-se, ao aprovar a Lei Geral da Copa. Com isso, há a esperança de que a utilização desses recursos para a realização tanto do Mundial de futebol, quanto da olimpíada sejam amplamente divulgadas à população. Como escreveu George Orwell, “num mundo onde é normal falar mentiras, a pessoa que fala a verdade está cometendo um ato revolucionário” Não é à toa que Orwell, autor de “A revolução dos Bichos” obra que serviu de inspiração para o surgimento de programas de reality shows de sucesso como o Big Brother. Atitude, aliás, bem condizente com os princípios da administração pública no Brasil. Neles os funcionários têm que fazer dentro da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, ou LIMPE, um termo comum entre os funcionários públicos.

Considerações sobre a política do esporte
P
or que gostamos de esporte?  Todas as coisas em nossa vida são motivadas pela competição e organizações como a Federação Internacional de Futebol Association, a FIFA, e o Comitê Olímpico Internacional, têm mais países filiados do que a própria Organização das Nações Unidas, a ONU. Estudos comprovam que o Produto Interno Bruto, PIB da Alemanha, cresceu aproximadamente 0,5% durante a Copa do Mundo de 2006, e esse número representa um grande salto em termos econômicos.
As pessoas que comandam o esporte no Brasil, mais conhecidos com “cartolas”, ou dirigentes esportivos se perdem na utilização do dinheiro, ainda mais com recursos públicos. Mas, ser escolhido como o país sede nos dois próximos eventos esportivos mais importantes do mundo, é algo muito bacana, principalmente no aspecto esportivo. Aliás, uma oportunidade única para que o país avance também em termos sociais e econômicos. É o chamado legado que eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada deixam para o país.
Mas na cabeça de milhares de cidadãos, amantes ou não dos esportes, existe o temor de que os recursos utilizados para a modernização de estádios, cidades e infra-estrutura em geral, sejam mal administrados, ou seja, que haja superfaturamento nessas obras. Entretanto, o exemplo ocorrido com a Alemanha em 2006, após a realização da Copa do Mundo, pode fazer com que o Brasil, ao sediar a Copa do Mundo e também a Olimpíada tenha crescimento sócio-econômico. Será que a prática ocorrida na Alemanha, acontecerá de fato no Brasil?   E se houverem abusos referentes à utilização de recursos públicos, os culpados serão punidos de maneira exemplar?
Esporte é Cultura
Todavia sabemos que a prática esportiva inicia-se na escola, e é sim antes de tudo, uma questão de educação. Entretanto, desde os anos 80, nas escolas públicas do estado de São Paulo, a educação física não era encarada com seriedade. Afinal, poucos são os professores que trabalhavam os fundamentos dos esportes coletivos com bola. Os exercícios físicos e as corridas então eram atividades muito raras, para não dizer completamente ausentes. O slogan das transmissões dito pelos locutores Luiz Noriega e José Góes nos anos 80, na TV Cultura, não era respeitado pelos nossos governantes. “Esporte é Cultura”. Os salários dos professores em geral, e, principalmente na educação básica são muito baixos. Então, como cobrar resultados e encarar o esporte olímpico brasileiro como sendo de alto rendimento? Quando abnegados surgem com conquistas internacionais de peso, eles devem ser reverenciados, e muito, tanto pela torcida, quanto pela imprensa. Afinal, o apoio governamental e financeiro aos esportes ditos olímpicos, é quase ausente no Brasil.
Abaixo imagem do Tatu-bola, o mascote da Copa do Mundo de 2014, que será disputada no Brasil

          
                             Fonte: www. portalamazonia.com.br
Ivan Marconato é jornalista pela FMU-SP, e pós graduado em Letras pela UNIBAM. Trabalhou em empresas de comunicação como a NET, na qual escrevia para o Jornal Em Foco. Foi finalista do Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo em 1999. Escreve para a Revista Visão, publicação trimestral da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo. Além disso, cursa pós-graduação em Jornalismo Esportivo e negócios do esporte na FMU e escreve para o site www.superquadranews.com.br.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Onde está o dinheiro do Comitê Olímpico Brasileiro?

Só relembrando e para dizer que não falei das flores, como dizia o grande Geraldo Vandré na canção que o imortalizou, venho novamente falar do esporte olímpico brasileiro no Toque de Segunda.  Já havia abordado o assunto em colunas passadas aqui no Arte no Movimento, mas como informação nunca é demais, vou tocar novamente na questão, fazendo outro tipo de análise.
O COB recebe regularmente recursos da Lei Piva.  Segundo informações obtidas no blog do José Cruz, no UOL, “foram R$ 416 milhões entre 2009 e junho de 2012. Mas o Ministério do Esporte, a Lei de Incentivo e sete estatais – Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, Infraero, Correios etc… destinaram R$ 979 milhões ao esporte de rendimento. Isso sem falar no Bolsa Atleta. Logo, o cofre mais forte está em Brasília”. Mas onde está o projeto central que cuida de todo esse dinheiro? Quem, afinal, é o dono dessa grana, o Ministério do Esporte ou o Comitê Olímpico?
Outras questões que merecem ser levantadas são: Qual controle teve o Ministério do Esporte sobre o dinheiro que liberou? Que fiscalização realizou? Quanto desses recursos foram destinados à base, à iniciação? Quais foram os resultados obtidos? Enfim, o problema não é mais “falta de apoio” – dinheiro, grana; nem de instituições, nem de legislação.
Diante disso eu fico a me perguntar: por que o número de medalhas que o Brasil conquista nas competições de alto rendimento é tão insignificante? Afinal, como mencionei anteriormente, não é questão de falta de apoio, nem de talento, nem de organização. Mas acontece que o dinheiro, como perguntei no título da coluna de 06 de agosto, será que chega realmente aos que deles precisam, ou seja, os atletas?
É evidente que talento para o esporte o pais tem; e nosso país é tão abençoado que ele vem constantemente se renovando.  Entretanto, além dos adversários que não são nada fáceis de ser enfrentados, nossos atletas combatem outros oponentes mais poderosos, ou seja, a própria cartolagem que com seus mandos e desmandos, joga os recursos destinados aos atletas sabe lá Deus onde.
Portanto é preciso que se faça um levantamento muito sério sobre todos esses recursos. Afinal daqui quatro anos, o Brasil será sede dos jogos Olímpicos, e todas as atenções do esporte mundial estarão voltadas para o nosso país.  Então, é necessário que assim como as grandes potências do esporte, o Brasil e seus cartolas, dêem exemplos ao restante do mundo, de como se organiza um evento; com garra, com talento, e principalmente, com muita transparência na utilização dos recursos.

sábado, 6 de outubro de 2012

Raio X da rodada

Dois gigantes do futebol paulista, duelaram no Morumbi neste sábado. O São Paulo venceu o fragilizado e desorganizado Palmeiras por 3x0, no Choque-Rei. O Corinthians, num jogo horroroso, perdeu por dois a um para o Náutico em Recife. Santos e Internacional, sem os principais jogadores que estão a serviço da Seleção Brasileira, empataram na Vila Belmiro por 1x1, e a Ponte Preta foi derrotada pelo ameaçado Coritiba, no estádio Couto Pereira.
O excelente time do Fluminense venceu o bom Botafogo por 1 a 0, com gol de Fred, mantendo a invencibilidade nos clássicos regionais disputados nesse Brasileirão. Mas o meu destaque vai mesmo para a Portuguesa de Desportos. O simpático time do Canindé, juntamente com o Atlético Mineiro, aplicou uma sonora goleada no Sport vencendo por  5x1. O Galo trucidou o frágil time do Figueirense também goleando, por  6x0 no estádio Independência, com quatro gols saindo dos pés de Ronaldinho Gaúcho. Parece que ele, para o bem do Atlético de do futebol brasileiro, fez as pazes com a bola, e com o futebol.

O Grêmio manteve a boa campanha vencendo o Cruzeiro por 2 a 1 em Porto Alegre, O Flamengo empatou com o Bahia num jogo sem gols, e o Vasco venceu o Atlético Goianiense fora de casa, mantendo-se na zona de classificação para a Libertadores.
O Fluminense, que tem um dos melhores elencos do futebol brasileiro, manteve a liderança e abriu seis pontos de vantagem para o Atlético Mineiro. Num campeonato disputado como o Brasileirão, isso não é pouco. O tricolor carioca vem mostrando porque é o atual líder da competição; e ainda pode contar com Fred, o artilheiro do certame com 14 gols, ao lado de Bruno Mineiro, da Portuguesa.


Ainda falta meio turno, ou seja,  dez rodadas para o campeonato terminar, trinta pontos em jogo. Então, o sinal de alerta tem de estar sempre ligado, para quem quer o título, as vagas da Libertadores e para quem foge do fantasma da segundona.  Para quem dizia que campeonato de pontos corridos não tinha emoção, taí o raio-X da rodada para desmintir a tese.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Sem jogo e sem brilho

Sem brilho e sem luz. Literalmente. O jogo que deveria ter sido disputado na cidade de Resistência na noite dessa quarta (03) na Argentina. As seleções, sem brilho, afinal não estavam com seus principais jogadores, entraram em campo, mas a bola não rolou. O árbitro esperou o tempo mais do que necessário, para que a luz do estádio Centenário fosse reestabelecida. Em vão. Agora, tanto a CBF quanto a AFA, decidirão se haverá ou não o jogo de volta. A meu ver, o jogo deveria ser disputado. Afinal, o Brasil venceu a Argentina em Goiânia, no dia 20/09.












 Andrés Sanchez, diretor de seleções da CBF, não confirmou, nem desmentiu, mas deixou implícito em seu discurso, que a Taça do Superclássico das Américas fique com a Seleção Brasileira.  Se depender da rivalidade, os Argentinos não engolirão essa. Com ou sem luz. Uma vergonha, uma desorganização. Um jogo que a essa altura dos campeonatos nacionais de Brasil e Argentina, não tem o menor propósito, ou melhor, propósito tem : engordar os cofres da AFA e da CBF. E os clubes, que se virem.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Atacante Adriano precisa de psicólogo e juízo

Rico, boa condição física, famoso e trabalha com aquilo que gosta. Pelo menos, é o que aparenta. Mas as aparências enganam. Fica até parecendo que a imprensa esportiva tem prazer em chutar cachorro morto. Não é isso. Mas eu, enquanto torcedor, jornalista e principalmente, amante do futebol, não consigo aceitar o comportamento do atacante Adriano. Aprontou novamente faltando no treinamento do Flamengo. E a paciência de Zinho, ex-jogador e dirigente rubro negro, já acabou.
Adriano, que ainda se recupera fisicamente, faltou ao treino e não apresentou justificativa para sua ausência.  Fato já conhecido. Escrevi sobre Adriano aqui, no Toque de Segunda, no dia 19 de março deste ano. E novamente escrevo sobre ele agora.  Naquela oportunidade, comparei a vida de Adriano com a de Mané Garrincha. Ambos talentosos ao extremo, mas com inúmeros problemas psicológicos.
Mas o futebol brasileiro, principalmente para os jogadores mais famosos, paga salários muito altos. Sem contar, que muitos destes atletas passam da pobreza à riqueza num curtíssimo espaço de tempo.  Às vezes, a estrutura familiar é ausente. Provavelmente, isso ocorreu com Adriano, afinal o mesmo veio de uma comunidade carioca, ele era morador da Vila Cruzeiro.

Não é o fato de ser ex-morador de um local de extrema pobreza, que faz com que Adriano tenha esse comportamento. Afinal, a classe e a condição social das pessoas não determinam suas condutas de comportamento.  Mas Adriano teve exemplos, dentro e fora do futebol, cujo comportamento não é condizente e adequado a um profissional, seja dentro ou fora do esporte.
Adriano não é irresponsável, mas ele tem problemas muito sérios. Afinal, ele e talentoso e sabe jogar futebol como ninguém. Precisa urgentemente de apoio psicológico. O episódio da perda do pai comprovou isso. Espero sinceramente que Adriano tome essa atitude e acorde prá vida. É uma pena ver tanto talento sendo desperdiçado.